Dia Nacional do Voluntariado: Fundação Dona Fan apoia crianças com câncer e suas famílias
Desde 1985 é comemorado em 28 de agosto o Dia Nacional do Voluntariado, sabia? E poucas coisas são mais recompensantes do que ajudar o próximo – ainda mais quando esse apoio fará toda a diferença na vida de alguém.
Foi com esse propósito que surgiu a Fundação Dona Fan. Ricardo Fan, criador do projeto, perdeu a mãe há dois anos após uma luta contra um câncer gástrico. “Diante das dificuldades pelas quais passamos durante o tratamento do câncer da minha mãe, sempre pensávamos: ‘Se é difícil para nós, imagina para quem vem de outras cidades e não têm condições’”, diz. Hoje a Fundação dá apoio a três casas espalhadas pelo estado de São Paulo com as atividades mais custosas, como reformas, pinturas, cuidados hidráulicos… No total, 120 famílias são impactadas por esse esforço. “Apoiamos instituições que ficam em regiões periféricas e são pouco conhecidas. Queríamos dar apoio àqueles que, de fato, iriam sentir a diferença com a ajuda”, conta Ricardo. A ideia agora é construir uma escola ao lado de uma dessas casas para que as crianças em tratamento, que podem demorar meses ou anos para ser concluído, continuem os estudos.
Nessa data importante, Ricardo relembra dois momentos entre os vários marcantes que viveu sendo voluntário e criador da fundação. “Um deles foi quando levamos um sorriso a um menino que, do pescoço para baixo, não tem pele. O Mateus é portador da doença Epidermólise bolhosa. O sonho dele era ganhar um celular, porque queria criar um canal no Youtube. Orquestramos a surpresa e ele ficou muito emocionado ao receber o smartphone. Nós conversamos por WhatsApp agora e ele me chama de tio”, diz. O caso dele é tão raro que Ricardo entrou em contato com os médicos do Hospital Albert Einstein para que eles coletassem o sangue do menino e mandassem para análise no Japão, pois lá se fala em um tratamento que pode trazer conforto. “Outro que vale a pena destacar é o pedido de Natal de uma moça de 18 anos. O câncer afetou seu cérebro na área motora dos braços e ela queria ganhar um kit de maquiagem. Depois de recebê-lo, sua mãe a maquiou e ela abriu um sorriso enorme. A mãe nos contou que há muitos meses a menina não sorria daquela forma. Sem espelho para ver o resultado, minha filha improvisou com o celular. Foi emocionante”, conta Ricardo.
“Ser voluntário não tem preço. Sinto uma gratidão tão grande. Passo o legado para meus filhos, tenho cinco e três estão envolvidos no projeto, que entendem a consciência de devolver uma parte do que ganhamos para a sociedade”, diz Ricardo. Para descobrir forma de doar e contribuir com o evento, acesse o site oficial.