Diástase abdominal é o nome dado ao afastamento do músculo reto do abdômen ou reto abdominal, que se localiza verticalmente em cada lado da parte anterior do abdômen. Os dois feixes deste músculo são paralelos e separados por uma faixa de tecido conjuntivo chamada linha alba ou linha branca. A diástase acontece quando este espaço entre os feixes se expande devido a um aumento de volume intra-abdominal, gestação ou obesidade. Isso pode levar a um abdome mais saliente e dependendo do grau de afastamento até mesmo dor lombar e sintomas urinários. Este quadro ocorre em todas as gestações e persiste em grande parte das mães após a gestação.
No caso do período pós-gestacional, é muito importante avaliar com cuidado as opções de tratamento da diástase. Uma delas é a cirurgia plástica com a combinação entre lipoaspiração e a abdominoplastia sem corte. Nela, utiliza-se tecnologia robótica para maior segurança e precisão. Para realizar esse tratamento ou qualquer outra cirurgia plástica é importante que a mulher já tenha parado de amamentar, no mínimo, há três meses.
Mas como funciona a cirurgia robótica para tratamento da diástase abdominal?
Muitas mulheres que possuem essa projeção abdominal tem pouca ou moderada gordura e flacidez, sendo, nesses casos, a diástase a responsável pelo abaulamento. Desse modo, temos condições de realizar a técnica M.I.R.E.L.A – Minimal Invasive Robotic Endoscopic Lipoabdominoplasty. Esta cirurgia plástica é a maior evolução da área nos últimos tempos quando o assunto é tratar o abaulamento abdominal. Através de três pequenos orifícios na região pubiana é possível cuidar ao mesmo tempo da diástase, da flacidez (associando tecnologia de retração de pele) e também da gordura localizada.
M.I.R.E.L.A. é um procedimento realizado com o uso de robótica que possui tecnologia 3D, portanto, garante às pacientes menos dor, maior precisão, eficácia, segurança e menor tempo de recuperação. Dessa forma, não é necessária uma grande cicatriz como a da abdominoplastia tradicional. É importante ressaltar que não utiliza-se inteligência artificial, quem comanda a cirurgia é o médico através de mecanismos robóticos.
O Dr. Alexandre Sanfurgo é médico cirurgião plástico especialista em saúde corporal, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da International Society of Aesthetics Plastic Surgery (ISAPS). Sanfurgo é pioneiro em cirurgias robóticas no Brasil.